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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Lançada campanha pela liberdade de expressão e democracia na mídia.

Carta de apresentação da campanha

"Para expressar a liberdade. Uma nova lei para um novo tempo"

Neste 27 de agosto, o Código Brasileiro de Telecomunicações completa 50 anos. A lei que regulamenta o funcionamento das rádios e televisões no país é de outro tempo, de outro Brasil. Em 50 anos muita coisa mudou. Superamos uma ditadura e restabelecemos a democracia. Atravessamos uma revolução tecnológic
a e assistimos a um período de mudanças sociais, políticas e econômicas que têm permitido redução de desigualdades e inclusão.

Mas estas mudanças não se refletiram nas políticas de comunicação do nosso país. São 50 anos de concentração, de negação da pluralidade. Décadas tentando impor um comportamento, um padrão, ditando valores de um grupo que não representa a diversidade do povo brasileiro. Cinco décadas em que a mulher, o trabalhador, o negro, o sertanejo, o índio, o camponês, gays e lésbicas e tantos outros foram e seguem sendo invisibilizados pela mídia.

Temos uma lei antiga e que representa valores conservadores. São 50 anos de negação da liberdade de expressão e do direito à comunicação para a maior parte da população.

Por isso, precisamos de uma nova lei. Uma nova lei para este novo tempo que vivemos. Um tempo de afirmação do pluralidade e da diversidade. De busca do maior número de versões e visões sobre os mesmos fatos.

Um tempo em que não cabem mais discriminações de nenhum tipo. Tempo de reconhecer um Brasil grande, diverso e que tem nas suas diferenças regionais parte importante de sua riqueza. Tempo de convergência tecnológica, de busca da universalização do acesso à internet, de redução da pobreza e da desigualdade. Tempo de buscar igualdade também nas condições para expressar a liberdade. De afirmar o direito à comunicação para todos e todas.

A campanha Para expressar a liberdade é uma iniciativa de dezenas de entidades da sociedade civil (www.paraexpressaraliberdade.com.br) que acreditam que uma nova lei geral de comunicações é necessária para mudar essa situação. Não só necessária, mas urgente.

Todas as democracias consolidadas (EUA, França, Portugal, Alemanha, entre outras) têm mecanismos democráticos de regulamentação dos meios de comunicação. Em nenhum desses países, ela é considerada impedimento à liberdade de expressão. Ao contrário, é sua garantia. Isso, porque sem regulamentação democrática, a comunicação produz o cenário que conhecemos bem no Brasil: concentração e ausência de pluralidade e diversidade.

Neste novo tempo que vivemos, o Brasil não pode continuar ouvindo apenas os poucos e conservadores grupos econômicos que controlam a comunicação. Precisamos de uma nova lei para garantir o direito que todos e todas temos de nos expressar.

Venha se expressar com a gente!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Veja é uma revista que não tem a mínima credibilidade, disse o deputado Romário


Romário afirmou que a matéria publicada na revista Veja
 tenta, em vão, denegrir sua imagem Foto: José Cruz/AgBr
Depois de tecer duras críticas ao técnico Mano Menezes pelo mau desempenho da seleção brasileira na final dos Jogos Olímpicos de Londres, Romário, ex-jogador de futebol e deputado federal pelo PSB do Rio, usou sua conta do Twitter para rebater uma matéria divulgada no site da revista Veja nesta quarta-feira 15.

“É mais uma dessas matérias que eles acreditam que realmente estão denegrindo minha imagem”, escreveu. E completou: “É uma revista que não tem a mínima credibilidade, depois de tudo que nós sabemos das últimas matérias sobre política e outros nos últimos anos. Em outras palavras, uma revista de m**”.

A nota, publicada no blog do jornalista Lauro Jardim, falava sobre o fato de Romário ter anunciado em sua conta do microblog que não abriria mão do seu salário de deputado durante o tempo em que trabalhou como comentarista das Olimpíadas na TV Record. Jardim disse que, apesar disso, o ex-jogador continua com o título de “maior gastador dos recursos do gabinete entre os deputados fluminenses”.

“Em relação ao jornalista Lauro Jardim, não é sério, é mentiroso, sensacionalista e está achando que irá aparecer às minhas custas. Um babaca como esse teria que divulgar as coisas positivas que venho fazendo em meu mandato. Sobre isso nunca escreveu uma linha”, concluiu.

Carta Capital

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Frentex Paulista busca compromisso dos candidatos com a Liberdade de Expressão.

Victor Zacharias

A Frentex - Frente Paulista pelo Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão está propondo a todos os candidatos da eleição de 2012 uma plataforma municipal que fortalece a democracia da mídia no que é de competência da gestão municipal neste tema.

Abaixo a carta na íntegra , ela também está disponível para candidatos de outros municípios. Copie e pegue assinatura do seu candidato para que possamos ter liberdade de expressão com diversidade e pluralidade a partir das cidades.

PLATAFORMA ELEIÇÕES 2012 DIREITO À COMUNICAÇÃO E LIBERDADE DE EXPRESSÃO
O debate sobre a implantação de políticas de comunicação no Brasil tem se focado no âmbito federal, já que a maior parte das leis que regem o setor são de competência da União. No entanto, há ações de âmbito municipal essenciais para se garantir o direito à comunicação e ampliar as possibilidades de construção de um sistema midiático plural, que dê voz à diversidade local da sociedade brasileira.

Trecho inicial da carta de adesão
Assim, considerando a importância do fortalecimento de uma mídia democrática, do acesso da população à informação e à produção de comunicação e cultura, da garantia da liberdade de expressão para todos e todas, e da participação popular na construção de políticas públicas para o setor, nós, candidatos à Prefeitura e à Câmara de Vereadores de São Paulo, nos comprometemos a defender, em âmbito municipal, os seguintes pontos:

1. Respeito à Lei de Acesso à Informação, com a criação de um portal que facilite o acesso aos dados gerados/organizados pela Prefeitura, e implantação de espaços permanentes de interlocução do poder público com o cidadão, como as ouvidorias.

 2. Ampliação dos mecanismos de governo eletrônico, para consultas, solicitações, dúvidas, diálogo sobre demandas e utilização de ferramentas de participação popular.

 3. Adoção de softwares livres na administração municipal e licenças livres nos documentos e publicações do município, estabelecendo ferramentas e práticas que facilitem o compartilhamento do conhecimento.

4. Meios de comunicação ligados ao poder público municipal que cumpram seus objetivos e não sejam apropriados por interesses particulares dos governantes.

5. Promoção da inclusão digital e da apropriação crítica das tecnologias pelos cidadãos/ãs, com a ampliação e garantia de sustentabilidade dos telecentros na cidade. Estes devem ser espaços livres, sem limite de tipo de acesso, e formativos, com oferta de atividades como cursos e oficinas.

6. Ampliação da oferta de banda larga gratuita no município, por meio do acesso sem fio em grande escala, em diálogo com programas estaduais e federais para a área, como o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga), e de editais que premiem com conexão de internet de qualidade espaços que promovam a comunicação livre e a cultura.

7. Definição de mecanismos democráticos e transparentes de distribuição de publicidade oficial e incentivo à pluralidade e diversidade da mídia local através de recursos públicos voltados para pequenos e médios veículos.

8. Criação de fundos municipais para apoio: a) à estruturação e funcionamento da comunicação popular e comunitária; b) ao desenvolvimento de softwares livres e projetos de midialivrismo, através do diálogo com comunidades de desenvolvedores.

9. Concessão, pelo Ministério das Comunicações e a Anatel, de mais canais para rádios comunitárias na cidade.

10. Desenvolvimento do Plano Diretor de Radiodifusão Comunitária, nos termos do artigo 266 da Lei 13.885 de 25/08/04 (Plano Diretor da Cidade de São Paulo).

11. Integração de telecentros, rádios comunitárias, escolas, Pontos de Cultura e outros equipamentos culturais através da criação de Centrais Públicas de Comunicação, que funcionem como espaços de produção/distribuição de comunicação cidadã.

12. Fortalecimento da educomunicação como política pública, com a adoção da disciplina "Educação crítica para a mídia" nas escolas e a ampliação de iniciativas como o Programa Educom.radio, tornando efetivo o Conselho Gestor da Lei Educom.

13. Apoio a iniciativas que conscientizem os cidadãos e usuários dos serviços de comunicação acerca de seus direitos.

14. Regulamentação da comunicação mercadológica dirigida às crianças e fomento de conteúdos midiáticos educativos e especializados para este público.

15. Constituição de um Conselho Municipal de Comunicação, para formulação, implementação, fiscalização e monitoramento das políticas municipais de comunicação.

Comprometemo-nos ainda a estar em permanente diálogo com as organizações da sociedade civil, movimentos sociais, sindicatos, comunicadores(as) populares e ativistas da mídia comunitária, livre e alternativa de São Paulo para o desenvolvimento de ações conjuntas em prol destes compromissos.

São Paulo, 06 de agosto de 2012.
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Nome do candidato – cargo a que concorre – partido

* Frente Paulista pelo Direito à Comunicação e a Liberdade de Expressão
Abraço/SP - Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária ▪ Aliança Internacional de Jornalistas - Pólo Brasil ▪ Associação Cantareira/Rádio Comunitária ▪ Associação Fala Negao/ Fala Mulher ▪ Campanha pela Ética na TV ▪ Cidadania e Saúde ▪ Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé ▪ Ciranda Internacional da Comunicação Compartilhada ▪ Conselho Regional de Psicologia ▪ Fora do Eixo ▪ Geledés – Instituto da Mulher Negra ▪ Intervozes ▪ Instituto Alana ▪ Intersindical ▪ Mandato da Deputada Federal Luiza Erundina ▪ Observatório da Mulher ▪ Rádio Comunitária Z FM /Mauá▪ Rede Brasil Atual ▪ Sindicado dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo ▪ Sindicato dos Radialistas de São Paulo ▪ nião dos Movimentos de Moradia www.frentex.org *
As adesões à Plataforma devem ser formalizadas através da assinatura do candidato e posterior envio do documento escaneado para o email: frentexsp@gmail.com