19 de abril:
Movimentos sociais promovem plenária pela democratização das comunicações
Rosane Bertotti, secretária de Comunicação da CUT e coordenadora do FNDC (Foto: Roberto Parizotti) |
Após o encerramento do Enacom, CUT e parceiros já
tem mobilização marcada para lutar por um marco regulatório da comunicação.
Mal acabou o Encontro Nacional de Comunicação da
CUT (Enacom), na tarde de terça-feira (10), e os movimentos sociais já tem uma
nova data de luta marcada.
No dia 19 de abril, o Fórum Nacional pela
Democratização da Comunicação (FNDC), coordenado pela secretária de Comunicação
da Central, Rosane Bertotti, realiza uma grande plenária no Sindicato dos
Engenheiros de São Paulo (Rua Genebra, 25 – Bela Vista) para apresentar a
proposta de emenda popular que visa criar um marco regulatório para o setor.
Diante da inércia do Congresso e do governo,
entidades progressistas irão recolher assinaturas em todo o país para um
projeto de emenda popular que estabeleça regras para a produção e distribuição
de informação, conforme explica Rosane.
“A campanha ‘Para Expressar a Liberdade – Uma Nova
Lei para Um Novo Tempo’ vai dialogar com a sociedade para explicar porque não
pode ficar refém da versão que interessa somente a um pequeno grupo de
empresários que comanda as emissoras de rádio e TV. Queremos também ter espaço
para mostrar o que pensamos e como enxergamos o Brasil e para isso precisamos
recolher 1 milhão e 300 mil assinaturas fazer da democratização da comunicação
realidade”, explica.
Debate representativo
Sobre o Enacom, a dirigente avalia que a grande
participação e representatividade dos ramos e a riqueza dos debates, tanto dos
painelistas, quanto dos delegados foram os ponto principais. Além do compromisso
que as CUTs estaduais assumiram de construir a rede de comunicação da Central.
Para Rosane, o evento deixa claro ainda que, diante
das diferentes realidades de cada parte do país, é preciso tratar cada região
sob uma ótica, com políticas diferenciadas e a solidariedade como princípio.
Por fim, avalia que, apesar de já ter um papel
importante, a comunicação ainda depende de maior financiamento para ocupar o
papel formador que lhe cabe.
“Parte da CUT já entende que é uma questão
estratégica, porém, como disse o Valter Sanchez (presidente da Fundação
Sociedade Comunicação, Cultura e Trabalho, que administra a TVT), quando você
pensa em dar voz à pluralidade e a representatividade da Central e à
necessidade de expressão do povo brasileiro, os custos tornam-se proibitivos.
Começamos a ocupar um grande espaço, mas não ainda chegamos ao grau de
articulação, tanto em investimento, quanto em rede, que precisamos.”
(Fonte: Site CUT Nacional)