Ao contrário do que pode-se imaginar, a comunicação não é imparcial como deveria ser, por isso grandes revistas, jornais, televisões e rádios formam uma rede e tomam a defesa de algumas idéias que podem criar esteriótipos e difamar povos, pessoas, ideologias, religiões, isto é, tudo que os editores ou donos da mídia desejarem.
Neste caso o povo palestino tem sido uma das vítimas da revista Veja, por isso publicou uma carta aberta mostrando com fatos como a revista de maior circulação no Brasil tem tratado do assunto.
Solidariedade a ativistas pró-Palestina e boicote à Veja!
A Frente em Defesa do Povo Palestino, que reúne dezenas de organizações da sociedade civil brasileira, vem a público manifestar seu repúdio à tentativa de criminalização de movimentos sociais, de militantes e de partidos políticos promovida pela revista Veja. Ativistas e organizações que se colocam na linha de frente na defesa do povo palestino têm sofrido ataques por parte da publicação.

Com argumento parecido, o mesmo Azevedo escreveu em 26 de março último matéria pedindo a cassação do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) e a prisão de sua direção por “racismo contra judeus”. Resgatou, para tanto, um artigo publicado no Portal do PSTU em 5 de fevereiro de 2009. Como explica o jornalista Diego Cruz, desse veículo, em resposta, “o texto trata sobre a resistência palestina aos sucessivos ataques de Israel, particularmente contra a população de Gaza. O artigo traça ainda um histórico do estado israelense, caracterizando-o como um 'estado gendarme', aparato fundado para a defesa de interesses imperialistas no Oriente Médio, e relembra uma antiga reivindicação da esquerda revolucionária: a sua destruição enquanto Estado”. A fim de provar sua falsa tese, Azevedo destaca a seguinte parte do texto: “Assim, para a pergunta ‘o que fazer com o Estado colonial sionista’, só há uma resposta: a sua destruição.” Omite, contudo, outro trecho que defende “a convivência de diversos povos, independentemente das suas crenças e origens étnicas” em um novo Estado, que daria lugar ao atual “Estado judeu”.
Como observa Cruz em seu texto, “a denúncia de 'racismo' sempre é utilizada por setores sionistas, incluindo-se aí o próprio Estado de Israel, quando é confrontado com os crimes praticados contra o povo palestino. Baseia-se em uma falácia, que iguala sionismo com judaísmo.
O sionismo, porém, é uma ideologia política, racista e de direita, que parte do princípio de Theodor Herzl (idealizador do Estado de Israel) sintetizada na frase ‘uma terra sem povo para um povo sem terra’ para justificar a expulsão dos palestinos de suas terras. Nada tem a ver com a religião judaica.” Na campanha de desinformação, o artigo tenta confundir a solidariedade internacionalista e reproduzir distorções sobre a questão palestina.
Diante disso, a Frente em Defesa do Povo Palestino soma-se às iniciativas do movimento pela democratização da comunicação no Brasil, urgente ante o quadro de monopólio midiático que favorece o discurso único de direita, interesses de grandes corporações transnacionais e do império e a perpetuação da injustiça. Assim, além de se solidarizar com os militantes, reitera o pleito a que se promova um efetivo boicote à revista Veja – passo importante na transformação do cenário de concentração da mídia nas mãos de poucos e resposta fundamental às tentativas de cerceamento da liberdade de pensamento e de expressão.
Solidariedade a ativistas e organizações pró-Palestina! Boicote à Veja!
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